Eu quero tanto, mas não sei o que
Me desespero a todo momento
Sem nem precisar de um porquê
Gritando como um louco
Me rasgo de dentro para fora
Sem se preocupar se vou me machucar
Preciso mesmo colocar algo para fora…
Uma espécie de vômito ou limpeza
Uma reciclagem da minha própria natureza
Me sinto obrigado a se importar
Com aquilo que não me importo
Fazer aquilo que não gosto
Todos me dizem que isso é o certo a fazer
Mas se isso for o certo a ser feito
Prefiro fazer o “errado”
E não se sentir mais tão frustrado
Essa vontade de sumir, sem saber para onde ir
Só me faz querer prosseguir
Sem olhar ou deixar nada para trás
pessoas e bens materiais…
De dentro para fora
De baixo para cima
Podemos construir
A nossa própria realidade
Se desligar
De todos os padrões dessa sociedade
Quero fugir para me encontrar
Se perder para não deixar de sonhar
Que minha esperança não morra
Pois sei que lá fora, tem muito mais
Do que tem aqui nessa porra.
Levarei na bagagem somente aquilo que me faz sorrir
O resto, que se perca por aí…
(Gilcélio)